sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ALÉM DO PROGRAMA


ALÉM DO PROGRAMA
Por Jean Tinder
Editora do Shaumbra Magazine, Professora do Círculo Carmesim


Durante o Shoud de novembro, quando o Adamus estava fazendo toda aquela fofoca e outras peripécias, eu me vi ficando irritada. Claro que era tudo bobagem e divertido, mas como ele continuou salientando, tudo era uma bagunça! E não foi só isso, ele também estava criticando alguns traços de caráter aos quais sou muito ligada, coisas como dedicação e persistência.

Considero-me estar entre os primeiros lugares quando se trata de determinação sobre a minha iluminação. Na verdade, eu estou no caminho em direção a Deus desde sempre. Como uma menina, eu já tinha encontrado o conforto que vem da oração, de sentir essa conexão interior com o divino.

Enquanto a minha compreensão de Deus mudou drasticamente desde então, eu ainda recebo grande conforto nessa conexão divina e é seguro dizer que eu cheguei à Terra correndo em direção a minha iluminação.

Quando Adamus citou os Shaumbra, dizendo: "Droga, eu vou ver a minha iluminação acontecer, não importa como. Eu nunca vou desistir”. Eu tinha certeza que ele estava citando a MIM! Então, o meu aborrecimento cresceu alguns pontos quando ele prosseguiu com: "Nós temos um problema real aqui em Houston, porque eles estão determinados a ir a lugar nenhum! Deveria haver uma lei contra a busca espiritual”!

Ele estava puxando o meu tapete por todos os lados. Eu estava pronta para deixa-los ir? Será que eu concordaria com o ponto para o qual ele estava indo ou seria aí onde nossos caminhos se divergiriam?

Em seguida, ele se continuou e tudo mudou.

Ele me lembrou de que a minha iluminação não começou com um pensamento (não foi uma das minhas ideias brilhantes?) ou mesmo com a insatisfação da vida. Minha iluminação nunca foi uma viagem (então para onde eu estive indo todo esse tempo?), ela tem sido um profundo e interno saber. Meu esclarecimento veio de mim, do meu Eu Sou.

Na verdade, ele disse: "Você não pode recriá-lo, porque ele ainda está aí. Ele nunca saiu".

E de repente tudo se encaixou. "Computador, feche o programa".

Agora aqui eu tenho que confessar que sou um “trekkie”, uma fã dos programas de TV e dos filmes Jornada nas Estrelas. Eu adoro como eles exploram os diferentes aspectos da condição humana através de todos os alienígenas que eles encontram ao longo do caminho. Atualmente eu estou assistindo toda a série “Star Trek: Voyager” e é divertido ver os muitos paralelos entre a história deles e a história da humanidade.

Um dos dispositivos mais fascinantes que eles têm em naves espaciais é um holodeck.
[NT: conceito tecnológico apresentado dentro do universo do filme Jornada nas Estrelas.]

Ele permite ao computador projetar qualquer realidade desejada na experiência 3D, geralmente confinada a uma área interativa específica. A realidade projetada pode incluir pessoas, criaturas, conflitos, entretenimento, desafios e aventuras. Basicamente tudo o que pode ser imaginado pode ser experimentado em um holodeck, até que em algum momento o participante simplesmente diz: "Computador, feche o programa".

Apenas alguns dias antes do Shoud de novembro, eu havia assistido a um episódio onde os alienígenas haviam adulterado o sistema fazendo com que a tripulação da nave esquecesse que era um programa. Eles estavam participando como se fosse a verdadeira realidade. Se eles tivessem se machucado, eles seriam sedados, remendados e enviados de volta para continuar o "jogo", que ocorria durante a Segunda Guerra Mundial.

Os membros da tripulação estavam lutando por suas vidas em trincheiras lamacentas, tentando se comunicar com equipamentos de rádio obsoletos e desesperados por ajuda. Eles desconheciam completamente que apenas além da "realidade", eles estavam, na verdade, em uma nave estelar do século 24, construído por uma sociedade terrestre, que tinha há muito tempo deixado de lutar consigo própria e estava equipada com tudo o que poderiam precisar.

Na verdade, era uma representação bastante exata da vida na Terra. Jogamos, lutamos, nos apaixonamos, vivemos e morremos, fazendo o melhor possível para sobreviver e lidar com a "realidade", esquecendo completamente que ela não é realmente verdadeira.

E, em seguida, coçamos as nossas cabeças, confusos, quando Adamus diz: "Mas a abundância está bem aí! Tudo está ao redor de vocês!"

Nesse episódio, um dos personagens finalmente percebeu o que estava acontecendo e lembrou-se da sua verdadeira identidade. Trabalhando com muito cuidado para não detonar os alarmes e assustar seus companheiros, ela foi capaz de desencadear a memória de alguém e depois de outra pessoa.

Finalmente, todos os membros da tripulação "acordaram" e lembraram-se - e, portanto, não estavam mais presos na falsa realidade. Mesmo que a experiência tinha incluído alguns solavancos muito reais e contusões, eles perceberam que tudo era apenas uma ilusão.

Quando Adamus falou sobre a sabedoria que já está aí, eu me lembrei do “holodeck” e tudo fez sentido. Montamos este programa “holodeck” chamado de "Vida na Terra", incluindo a sub-rotina que iríamos esquecer, mas também que um dia iríamos descobrir a ilusão.

Vejam, em cada programa de “holodeck” sempre há um painel de controle escondido. E quando o usuário o encontrasse, qualquer coisa se tornaria possível. O truque é lembrar que nós escrevemos o roteiro, ativamos o programa e nós mesmos entramos nele.


Estamos vivendo, aprendendo e vivenciando, tentando sobreviver em qualquer realidade que criamos. Percebemos que deve haver uma saída, mas depois nós tentamos encontrá-la ficando cada vez melhor no programa, em vez de perceber que é um programa.

Dominando o programa pode ajudar-nos a lidar mais facilmente com a estória, mas também simplesmente continua a nossa jornada ilusória.

Não importa o quão rápido eu dirija ou o quão longe eu vá num programa “holodeck”, na verdade, eu ainda não fui a lugar algum porque não saí do “holodeck”. Mas quando eu estiver pronta para deixar ir as minhas estórias e lembrar-me - saber - que eu sou a roteirista e a programadora do “holodeck”, então, finalmente, as coisas podem mudar.

Adamus, Tobias e outros encontraram a sua saída e eles estão falando do sistema para nos lembrar de quem realmente somos - capitães das nossas próprias naves estelares, viajantes em uma maravilhosa viagem de exploração, possuidores dos segredos do universo - e programadores de nossas próprias estórias “holodeck”. Nós apenas nos esquecemos disso.

Algumas coisas para não esquecer sobre os programas de “holodeck”:

• É contra o protocolo, para não dizer impossível, alterar o programa que outra pessoa esteja executando e eles não podem mudar o seu. Somente o autor pode reescrever seu próprio roteiro (é por isso que não há nenhum sentido em tentar salvar o mundo).

• Quando você finalmente perceber que é tudo um holograma, divirta-se um pouco com ele! Uma vez que você não está mais preso, agora é apenas um grande jogo.

• Cansado do programa que você está executando? Então pare de tentar corrigi-lo, pare de contar a estória e apenas diga: "Computador, feche o programa". Uma nota de cautela: É preciso uma quantidade enorme de confiança.

Ah, e a interface/”holoemitter” do computador?
Está na maior parte entre suas orelhas.

A mente está – hum - programada para projetar a realidade que você escolheu e foi projetada para funcionar melhor dentro do “holodeck”.

Quer ir além do “holodeck”?

Vá além de sua mente. E libere as estórias, histórias, crenças e temores, os quais a sua mente têm mantido tão cuidadosamente.

Todas essas coisas do seu passado - os resultados que você obteve ou não, as vezes que você tentou e falhou, a vida que viveu - tudo isso REALMENTE aconteceu? Ou foi apenas o seu entretenimento por uma noite?


http://stelalecocq.blogspot.com/2013/11/alem-do-programa.html
Tradução: Léa Amaral lea_mga2007@yahoo.com.br
Tradução incentivada e patrocinada pela Shaumbra Vera Amaral Gurgel
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/shaunews.htm
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim
Grata Silvia!

Nota Stela - leia também: "O JOGO DO HOLOGRAMA"

LUZ!
STELA


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