quarta-feira, 26 de agosto de 2015

AS DISTRAÇÕES DO MESTRE


AS DISTRAÇÕES DO MESTRE
PARTE 2
Jean Tinder
Editora do Shaumbra Magazine, Professora do Círculo Carmesim

(Parte 1 - clique aqui)


Distrações. Quer seja muita diversão ou muita miséria, quer seja de propósito ou inesperado, todas elas têm uma coisa em comum: elas são o que nós nos concentramos, enquanto algo maior está acontecendo. Claro, isso não é necessariamente um problema, a menos que comecemos a dar mais importância às distrações do que para o que está realmente acontecendo.

Neste contexto, "o que está realmente acontecendo” é que a maioria dos Shaumbra está se abrindo para a nossa realização. Apesar de nossas distrações serem, algumas vezes, agradáveis, quando elas ficam muito chatas imaginamos que elas vão evaporar com o alvorecer da iluminação. Mas vão mesmo?
 
A vida humana é uma enorme distração por si só, além de que a nossa existência neste planeta sempre envolverá coisas como biologia e tempo e outras pessoas, nenhuma das quais poderá ser aperfeiçoada. Então, talvez a chave seja descobrir como lidar com as distrações e lembrar do que realmente está acontecendo.

PROBLEMAS FÍSICOS

Um dos maiores desafios que muitos de nós enfrentamos é o desconforto e o desequilíbrio físicos.
De certa forma, eu suponho que é de se esperar.

Não só estamos pedindo aos nossos corpos para fazer a façanha inacreditável de re-ligar cada filamento do DNA sem nos chutarmos para fora (como reconstruir a sua casa a partir do zero, enquanto vive nela), a grande maioria dos Shaumbra também é de cinquentões ou mais velhos, o que significa que estamos sentindo mais resíduos desta vida muito intensa e menos resiliência física para limpá-los.

É difícil sentir-se expansivo e livre quando você está com dor e, pior ainda, é difícil se sentir como um mestre quando você não pode corrigi-lo!

Como muitas pessoas que conheço, uma situação física irritante tem me desafiado recentemente. Trata-se de desconforto intenso, mas que de outra forma não afeta realmente a minha vida, de modo que a respeito disso eu tenho sorte. Tudo funciona muito bem, mas com uma consciência constante de desequilíbrio. O que fazer? Como é que um Mestre domina o seu corpo? Se pudermos descobrir isso, eu sei que muitos de nós ficarão muito aliviados!

Enquanto eu lidava com esta situação que eu apoiava o meu corpo, tanto quanto possível, procurando soluções, explorando vários remédios e fazendo o que posso para ficar mais confortável. É claro que eu olhei para as razões ocultas também: "O que está me irritando? Como eu estou obstruindo a energia? Estou inconscientemente suprimindo alguma coisa?"

Estas questões foram valiosas lá atrás quando eu estava despertando e tentando me entender, mas agora elas apenas parecem ser como espirais mentais.

Assim, enquanto minha mente tenta desesperadamente entender isso, o meu Eu me lembra: "Isto é apenas uma experiência. O corpo sabe o que está fazendo e que a situação se resolverá. Tudo que eu preciso fazer é confiar e permitir.” Isso é muito mais fácil de dizer do que fazer!

Na verdade, todos os segredos na sacola de truques do Adamus perdem um pouco a sua relevância devido à dor física. Mas eu sei a resposta está aí, apenas esperando para ser descoberta. Eu sei que não é nem "desistir" e nem "se esforçar mais."

Qual dos nossos "segredos" pode ser aplicado aqui?
Eu descobri que permitir e adicionar são muito úteis.

Neste caso, eu sinto que permitir significa liberar a resistência e a fixação sobre o assunto.

Sim, o problema está aí e, não, eu não gosto dele.
Mas eu posso me permitir ter essa experiência.

Agora - e este é o lugar onde a magia aparece - há alguma outra versão de mim, que não está vivenciando esse problema. Se ela existe no futuro, numa linha do tempo diferente ou o quer que seja, não interessa. O fato é que eu sei que ela existe e eu posso vivenciá-la também! Não se trata de substituir ou consertar minha experiência atual, de ter "isso, em vez daquilo." Trata-se de vivenciar "isso e aquilo".

Acredite em mim, este adicionar dá um nó na mente. Nas primeiras vezes que explorá-lo, você provavelmente vai ficar com sono, frustrado e distraído. Mas continue a fazê-lo e você vai encontrar a magia também.

Aproveite o tempo para fazer isso e até que realmente sinta essa outra realidade, até que haja realmente um sorriso em seu rosto ao sentir as outras expressões de si mesmo que são saudáveis, equilibradas, abundantes e qualquer outra coisa que você queira experimentar.

O que eu adoro sobre adicionar é que não é um jogo mental de tentar analisar psicologicamente do que se trata. Em vez disso, ele está acrescentando mais - outra realidade, um novo potencial, uma escolha simples - a partir do vasto buffet de vida.

Por que limitar-se a apenas um ou dois sabores quando você pode experimentar muito mais?

Quando as distrações vêem e que você não gosta, mesmo as coisas com o corpo e apenas elas! Sim, eu ainda tenho um desequilíbrio físico e sinto minha saúde perfeita e brilhante. Sim, este corpo está com dor e eu posso sintonizar os potenciais, que são absolutamente livres de dor!

É realmente bastante surpreendente. Em vez de rejeitar as partes indesejadas de mim, eu quero o todo de mim aqui, incluindo as coisas boas. Essa é a magia de adicionar e até agora é a única maneira que eu encontrei para ir além da distração maciça das questões do corpo.

PATHOS (*)

(*) N.T.: Pathos ou path é uma palavra grega que significa paixão, excesso, catástrofe, passagem, passividade, sofrimento, sentimento e doença. O conceito filosófico foi criado por Descartes para designar tudo o que se faz ou acontece de novo é geralmente chamado (pelos filósofos) de pathos.

Eu realmente não sei do que mais chamar isto. É a dor requintada, a saudade e o desejo de estar em casa e quanto mais nos aproximamos, mais vamos sentir isso. Num piscar de olhos ele pode destruir todos os pequenos aborrecimentos da vida e ao mesmo tempo acende um desejo tão intenso que a alegria da vida humana terrena parece evaporar. Aqui está um exemplo do que eu quero dizer.

Há algumas semanas eu acordei do sonho mais incrível. Foi notável na forma como a normalidade continha a experiência mais extraordinária. Se a co-estrela no meu sonho fosse outra alma ou uma faceta do meu Eu, não importa; o encontro foi totalmente fora deste mundo. Foram momentos típicos do cotidiano que foram preenchidos com requinte - coração bem aberto, profunda intimidade, o amor mais puro. Eu senti um toque que disse um milhão de palavras, um olhar que durou milênios, um abraço de nada menos do que a eternidade.

E então eu acordei.

Eu tentei, sem sucesso, voltar a dormir, querendo nada além do que retornar à bem-aventurança, em vez de me arrastar de volta à "realidade”. O sonho tinha me estragado para o dia inteiro, para a minha família, para a normalidade, e tive que lutar para me envolver novamente com a vida. Como é que você aceita a melancolia da humanidade depois de experimentar um momento de eternidade? Como você voltar do céu?

É uma questão que vamos enfrentar em breve.
Como vamos lidar com isso?

Eu realmente amo a vida humana que eu criei.

No entanto, depois da minha breve experiência do sonho, eu não queria nada mais do que deixar tudo para trás e voltar para aquele amor eterno, puro e profundo. O céu estava me distraindo para longe da terra. E, no entanto, a iluminação incorporada trata-se de vivenciar ambos, de alguma forma...

Mais uma vez, este é o lugar onde o adicionar entra. Até agora eu não tenho sido capaz de manter a minha consciência naquela realidade e nesta por mais do que um breve momento, mas eu sinto a possibilidade um pouco mais claramente.

Até agora, o céu e a terra têm sido os aspectos muito comoventes, mas isolados da dualidade. Estamos ou aqui ou lá, separados do outro por um abismo intransponível. Na adição da realização encarnada, nós finalmente vamos colocá-los juntos, unindo o lá com o aqui, o divino com o humano, o requintado com o mundano.

É possível?
Será que vamos ser capazes de lidar com a intensidade?

Os Shaumbra são um grupo persistente, então se alguém puder fazê-lo, eu sei que nós podemos. Enquanto isso, usamos outras distrações para aparar as arestas e talvez para evitar explodir as nossas mentes com o que realmente está acontecendo.

Eu ia escrever sobre outra distração favorita, "outras pessoas," mas o assunto merece muito mais espaço. Por ora eu vou deixá-lo com uma palavra: compaixão.

Quando elas deixá-lo louco, fizerem escolhas incompreensíveis ou simplesmente infringir um pouco demais na sua realidade, tenha compaixão - por você em primeiro lugar!

Se você precisar ficar sozinho, faça isso. Se não quiser entrar em seus joguinhos, saia de perto. E tenha compaixão por eles também, por suas escolhas, por seu caminho. Eles são criadores como você e eles vão encontrar o seu caminho eventualmente. Volte para si mesmo, lembre-se o adicionar onde ambos existem - plenamente realizados e soberanos - e junte-se a eles lá, se quiser.

E não importa o quão confusas sejam as suas distrações, lembre-se que tudo está bem. 

O que não parecer ser assim é só uma distração, o que significa que não é terrivelmente importante. Claro, tenha a experiência, aproveite o jogo, mas não fique muito preso nele, porque outra coisa, algo realmente grande, está acontecendo.

Por favor, respeite todos os créditos ao compartilhar
http://stelalecocq.blogspot.com/2015/08/distracoes-do-mestre.html
Tradução: Léa Amaral – lea_mga2007@yahoo.com.br
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim/shaunews.htm
http://www.novasenergias.net/circulocarmesim

LUZ!
STELA


Nenhum comentário:

Postar um comentário